terça-feira, 29 de maio de 2012

Um agradecimento a {penélope}




                                Há bastante tempo, entrei no BDSM. Comecei, acredito, como todos, por curiosidade e, também, por me ver adepto a muitas práticas.
                               Durante muito tempo, busquei ter uma escrava o que, por minhas exigências nunca foi fácil.
                               A própria {penélope} chegou a se entregar a mim, quando nos conhecemos, mas, devido a coisas que ela própria contará (se assim for desejo dela), não continuou. Continuei com ela, mantendo um relacionamento. E nesse tempo em que tivemos esse relacionamento “baunilha” (detesto esse termo), prefiro usar, “relacionamento convencional”... Bem, enquanto mantínhamos esse “relacionamento convencional”, tanto eu quanto ela, viemos amadurecendo, mas sem pretensões de reatarmos essa “parte” que havíamos deixado pra trás.
                               Em certos momentos de intimidade, nesse “relacionamento convencional”, chegávamos a “brincar”, às vezes, de algumas “coisinhas” do mundo BDSM. Mas não vivíamos o relacionamento em si.
                               Diante desse quadro, eu já havia desistido de ter uma escrava, me afastei muito, quase por completo do BDSM, salvo em algumas ocasiões em que entrava num site ou outro, via umas fotos ou alguns vídeos. Tudo isso, muito mais, por gostar do que por querer praticar.
                               Mas, o amadurecimento de {penélope} e o meu também, chegou e ela decidiu por se entregar a mim, dessa vez com mais força. Com força de vontade de se tornar uma escrava perfeita, uma escrava dedicada e obediente.
                               Com tudo isso, {penélope} me fez voltar ao BDSM com força total. É como se ela tivesse resgatando minha essência. Algo que está tão encravado em meu íntimo que somente uma pessoa que participa da sua vida tão profundamente pode entender.
                               {penélope} entende minha necessidade mais profunda de ser Dominador, mas antes disso, entende com o coração minha necessidade de ser “seu Dono”, e isso já vale a pena tê-la.
                               Agradeço do fundo do coração por ser Dono de tal escrava. E por tudo isso, farei com que ela seja uma escrava “invejada” e “desejada” por todos.
                               Obrigado {penélope} por ser, simplesmente, minha escrava.
                               Beijos,
                               Odisseu!

domingo, 27 de maio de 2012

“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.


Gostaria de dividir um pouco da minha realização pela entrega e a frase de Caetano Veloso citada ilustra bem o que quero dizer,  pois  a “delícia” de ser uma escrava  é resultado de uma escolha feliz que me permite a cada dia desejar aprimorar enquanto tal, além de me conhecer melhor!

Ter chegado neste ponto nem de longe foi fácil, pois somos impregnados de tabus e convenções sociais e culturais em que os valores postos nos fazem naturalmente negar qualquer associação com o meio e então temos que em um movimento dialético nos posicionar diante da situação tendo primeiramente o conhecimento do que se trata, para depois criarmos os nossos conceitos (mandando embora os pré conceitos) e então irmos além, sendo coerentes com o que nos agrada e também definirmos o que desagrada, para assim fazermos os ajustes sem tornarmos “vaquinhas de presépio” a balançar a cabeça. É necessário se reconhecer enquanto parte daquela proposta para "comprar" a causa, porque tem que existir uma identificação para justificar e isto é um processo demorado, cheio de questionamentos.

Passado todas estas etapas, consegui enxergar o quanto estava dentro, dei conta de involuntariamente resgatar coisas da infância quando "ser dominada" não era uma questão indiferente e então fui juntando as peças até admitir que "aquilo" era a minha vida! Tenho um perfil competitivo e quando entro em um projeto me jogo de corpo e alma e é assim que eu me vejo aqui também, buscando aprimorar a cada minuto. Tenho vontade de já estar no nível "master", mas sei que é uma construção necessária e é ela que me seduz e faz com que eu queira viver intensamente cada situação proposta. Uma ordem, uma fala, um castigo, uma tortura...cada situação vivida me seduz com intensidade, meu corpo vive esta entrega em tempo integral e o querer mais promove a disciplina que a escrava precisa  e permite mostrar ao seu Mestre estes avanços, que são méritos são d'Ele!

Agradeço ao meu adorado Senhor e manifesto o quanto tudo que ele me proporciona é sagrado e me faz feliz!


sexta-feira, 25 de maio de 2012

O nascimento de {penélope}




Tínhamos decidido: seria naquele dia!

Depois de muitos conflitos (que contarei em outra oportunidade) finalmente me rendi e permiti que a escrava “chegasse” para tomar conta de minha vida, embora ela já fizesse parte dela de uma forma muito mais intensa do que eu poderia algum dia pensar, porém até então não conseguia compreender!

Chegando de viagem nos cumprimentamos e conversamos com naturalidade, como se nada estivesse acontecendo, mas no estacionamento, conforme estava ordenado me dirigi ao banco do motorista e Odisseu já estava ali sentado a me esperar. Levantei as pernas e ele arrancou a minha calcinha, dizendo que é assim que se comporta uma puta e assim deverei me comportar de agora em diante! Nos beijamos com muito desejo e ainda em silêncio voltei e coloquei o plug que estava sobre o banco do carona.

No caminho havia um misto de sentimentos bons que eram incitados pelo desejo de entrega. Usava um vestido preto transpassado e Odisseu mandou que eu mostrasse meus peitos e então desamarrei o vestido e fiquei exposta.  As pernas estavam abertas e o cio escorria, continuava usando o plug e os peitos estavam livres para que tivesse acesso ao meu corpo, enquanto minha mão tocava nossos corpos, hora oferecendo meu gosto, hora tateando seu corpo que também transbordava desejo!

Chegando em casa, fui vendada e recebi o vestido que usamos no primeiro encontro para vestir, simbolizando que aquela mulher a partir daquele momento morreria para o nascimento da escrava. Ainda de olhos vendados, senti minha coleira deslizando pelo meu corpo e então me ajoelhei diante de seus pés e respondi às várias perguntas que ele me fez, confirmando que estava ciente do que me tornaria! Senti o peso de suas mãos em cada parte do meu corpo e tive meu vestido destruído, recebendo então minha coleira totalmente nua, demarcando assim minha entrega para o mundo de submissão e dedicação, passando a ser propriedade de Odisseu.

Já encoleirada, nossos corpos se envolveram com muita intensidade e assim nasceu {penélope}, uma escrava que está em busca de aprimoramento e dedicação integral ao seu dono!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

{penélope}




Uma escrava TOTALMENTE entregue aos domínios de seu dono...aquela que aceitou que a suavidade de suas mãos transformasse na firmeza de um ser ao qual conduzirá sua vida pelos caminhos da dominação e submissão. Não me considero uma escrava “convencional” por ter um perfil crítico e questionador e isto fez com que eu demorasse a aceitar (ou me reconhecer enquanto tal) pelo fato de ser totalmente paradoxal, mas são estes desafios que me instigam a buscar novos caminhos e formas de viver esta entrega e hoje falo com convicção que estou muito realizada e buscando a cada dia aprimorar para que meu dono se realize com a escrava que tem!

Ao meu Senhor...


Sou escrava nua

Escrava exposta na rua

Escrava sua



Pronta para oferecer meu cio quente

Resultado do meu desejo latente

Que deixa a todo momento meu corpo ardente



Sempre te esperando para lhe servir

Provocando o desejo de me despir

Para sentir usando meu corpo com se estivesse a me esculpir


Pertencer ao Senhor me causa fervor

Sendo de minha vida o condutor

E merecedor de todo meu amor

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A história de Odisseu e sua Penélope


Este é, depois da Ilíada, o principal texto que foi reunido sob o nome de Homero na cultura grega. Vem do nome do seu personagem principal, Odisseu – ou, como ficou conhecido pela tradução latina, Ulisses.
Diferentemente do primeiro livro, não narra feitos bélicos nem se restringe a um local isolado, mas trata de viagens e aventuras desse que foi um dos heróis da guerra de Troia.
Após a guerra, inicia-se a volta de Odisseu e seus companheiros para seu reino, em Ítaca. Odisseu é obrigado a ir à guerra de Troia e deixa para trás sua esposa e seu filho de um mês de idade, Telêmaco. A guerra dura 10 anos e seu regresso mais 17. A esposa Penélope, que acreditava na volta do seu rei e marido, estava sendo pressionada por um grupo de pessoas que queria tomar o poder. Esse grupo dizia que Odisseu estava morto e que ela deveria se casar com um dos “pretendentes” ao cargo de rei.
Com tamanha pressão, Telêmaco sai à procura do pai com alguns companheiros e estes vão para Esparta e outras cidades, em busca de notícias que pudessem ajudar a rastrear os passos de Odisseu. Este, por uma série de peripécias, tem seu regresso muitas vezes retardado. Como o livro é demasiado longo, não caberia aqui narrar todas as aventuras. Mas algumas são notáveis e, ainda que sem esmiuçá-las, vale a pena mencioná-las:
  • Odisseu chega à ilha da ninfa Calypso, onde fica preso por muito tempo em razão dos encantos e promessas que uma região cheia de mulheres promove aos marinheiros;
  • O aprisionamento do deus Éolo, deus do vento em um saco, que ulteriormente é aberto e lança a nau para lugares ainda mais distantes;
  • O lugar para onde foi arremessada a nau era a ilha da bruxa Circe, que transformou os marinheiros em porcos;
  • O aprisionamento dos viajantes pelo ciclope Polifemo e sua estratégia para sair da prisão na caverna;
  • O tapar dos ouvidos com cera para não serem atraídos pelos cantos das sereias, devoradoras de homens.
Dentre muitas outras peripécias que foram utilizadas para evidenciar a necessidade de expressão da maior das características de Odisseu: a astúcia.
Enquanto isso, em Ítaca, a rainha Penélope continuava sofrendo forte pressão dos pretendentes, já que Odisseu e seu filho Telêmaco não retornavam. Assim, ela prometeu cozer um tapete: se o rei não retornasse antes do seu acabamento, ela escolheria um pretendente. Mas decerto em razão do convívio com seu marido, o astuto Odisseu, Penélope cosia o tapete durante o dia; e à noite o descosia, para poder ganhar mais tempo, na esperança de que o rei retornasse.
Depois de uma jornada com muitas aventuras e revezes, Odisseu encontra Telêmaco e seu grupo e juntos retornam a Ítaca. Avisado pelo filho sobre os pretendentes, Odisseu encontra a deusa Atena, que lhe diz que se ele retornasse, seria morto pelos pretendentes, que não o reconheceriam. Assim, a deusa o transforma em mendigo, disfarçando-o para que pudesse adentrar ao palácio sem ser visto. Quando deste episódio, a trama de Penélope é descoberta e exige-se que faça a escolha de um pretendente. Ela, novamente astuta, diz que escolherá aquele que conseguir retesar o arco do seu marido – mas ninguém obteve sucesso.
Por fim, chega Odisseu disfarçado e consegue o feito. Ele é logo reconhecido por sua esposa, que o aceita como pretendente, para a revolta dos outros, que promovem uma verdadeira rebelião. Mas, tendo seu arco em mãos, Odisseu consegue reprimir a revolta e retomar o seu lugar de rei depois de longa jornada.
Assim, com o restabelecimento da ordem, desvendamos o significado principal daOdisseia: o ideal de belo e bom guerreiro, antes atribuído a Aquiles, também tem como modelo Odisseu, por sua destreza, astúcia, esperteza, inteligência e habilidade, tanto na guerra quanto no governo, sendo capaz de ordenar. Os mitos homéricos tinham como intenção que esse modelo fosse imitado pelo grego de seu tempo.